Eleição de Trump trará paz as guerras em Gaza e Líbano, diz França

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês defendeu hoje em Jerusalém que a eleição de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos abre uma "perspetiva diplomática" de acabar com as guerras em Gaza e no Líbano.

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© Telmo Pinto/NurPhoto via Getty Images

Lusa
07/11/2024 12:18 ‧ 07/11/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 "A diplomacia é possível" na Faixa de Gaza para libertar os cerca de 100 reféns ainda detidos pelo Hamas, afirmou Jean-Noël Barrot, após uma reunião com o ministro cessante dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz.

 

"Acredito que se abriu uma perspetiva para pôr fim à tragédia em que os israelitas, os palestinianos e toda a região foram mergulhados desde 07 de outubro [de 2023]", declarou Barrot, assegurando ao mesmo tempo que deve ser tida em conta a proteção da população de Gaza.

O chefe da diplomacia gaulesa sustentou que, para tal, Israel já obteve "sucessos táticos muito significativos", incluindo a eliminação do líder do Hamas, Yahya Sinouar, e a eleição de um "novo presidente norte-americano" que tem a "vontade de pôr fim às guerras intermináveis no Médio Oriente".

O homólogo israelita cessante, Israel Katz, assumirá sexta-feira a pasta da Defesa, após o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter demitido Yoav Gallant.

"É tempo de pôr fim à tragédia", afirmou, lembrando que Israel está há mais de um ano em várias frentes.

Barrot declarou que a visita a Israel visa "prosseguir um diálogo exigente sobre o Líbano e Gaza", onde o exército israelita luta contra o Hezbollah libanês e o Hamas palestiniano, dois aliados do Irão.

O chefe da diplomacia gaulesa já tinha visitado Israel há menos de um mês, para assinalar o primeiro aniversário do sangrento ataque do Hamas ao sul de Israel.

Usando uma fita amarela na lapela do casaco, símbolo dos reféns detidos na Faixa de Gaza desde 07 de outubro de 2023, Barrot encontrou-se anteriormente em Telavive com familiares de dois reféns franco-israelitas, Ohad Yahalomi e Ofer Kalderon.

Estes encontram-se entre os 97 reféns israelitas ainda detidos na Faixa de Gaza, 34 dos quais são considerados mortos pelo exército israelita.

De acordo com o seu gabinete, Barrot deverá também manter conversações com Ron Dermer, membro do governo e colaborador próximo do primeiro-ministro israelita, bem como com o próprio Netanyahu.

No último ano foram vários os ministros dos Negócios Estrangeiros franceses que visitaram Israel e os territórios palestinianos.

Durante a estada em Israel, Barrot visitará também a propriedade nacional francesa de Eleona, que inclui um mosteiro beneditino e ainda o Monte das Oliveiras em Jerusalém Oriental, a parte palestiniana da cidade ocupada e anexada por Israel desde 1967.

Em seguida, deslocar-se-á a Ramallah, na Cisjordânia ocupada, para se encontrar com funcionários da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP).

Terça-feira, o chefe da diplomacia francesa disse na cadeia de televisão France 2 que fazia a viagem para apelar a um cessar-fogo na Faixa de Gaza e ao "respeito pelo direito humanitário internacional" no território palestiniano sitiado e devastado por mais de um ano de guerra.

"Mas o diálogo nunca foi quebrado", afirmou Barrot.

A visita surge numa altura em que as relações entre Israel e Paris se tornaram muito mais tensas nas últimas semanas, na sequência de declarações do Presidente francês, Emmanuel Macron, que apelou à suspensão da venda de armas utilizadas em Gaza e acusou Israel de "semear a barbárie".

O conflito já provocou a morte a mais de 43.000 palestinianos na Faixa de Gaza.

Leia Também: EUA. Eurodeputados portugueses preocupados com Ucrânia e Médio Oriente

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