Tiroteio no Paquistão mata quatro soldados e cinco insugentes
Pelo menos cinco insurgentes e quatro elementos das Forças de Segurança paquistanesas morreram na quarta-feira após um confronto armado na província de Khyber Pakhtunkhwa (noroeste), anunciou hoje o Exército do país à imprensa.
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Mundo Exército
"A operação de saneamento está em curso para eliminar mais 'Kharji' [insurrectos] na zona, uma vez que as forças de segurança paquistanesas estão determinadas a acabar com a ameaça do terrorismo e estes sacrifícios dos nossos corajosos soldados reforçam ainda mais a nossa determinação", segundo a mesma fonte.
No confronto registado na área de Karama, no distrito do Waziristão do Sul, na fronteira com o Afeganistão, "quatro bravos filhos da terra" morreram, "tendo lutado corajosamente", acrescentou ainda a nota.
Não foram divulgados mais pormenores sobre o confronto descrito como um tiroteio.
O Paquistão tem sido palco este ano de um aumento dos ataques de rebeldes, nomeadamente nas províncias do Baluchistão e de Khyber Pakhtunkhwa, ambas junto da fronteira com o Afeganistão.
O primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, manifestou a sua "tristeza" numa declaração sobre os confrontos.
Islamabad acusa os talibãs afegãos - que regressaram ao poder em Cabul em agosto de 2021 - de acolherem grupos islamitas ou separatistas como os seus irmãos ideológicos paquistaneses do Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP).
O Paquistão alega que o TTP utiliza zonas afegãs para efetuar ataques no seu território. No entanto, o governo afegão dos talibãs nega as acusações.
No final de outubro, oito pessoas, incluindo seis membros das forças de segurança, foram mortas num ataque suicida perto de um posto de controlo da polícia e do exército na mesma província de Khyber Pakhtunkhwa. O ataque foi reivindicado por um grupo obscuro.
A 25 de outubro, dez polícias paquistaneses foram mortos num ataque a um posto de controlo de segurança reivindicado pelo TTP.
No final de setembro, um comboio de embaixadores, incluindo diplomatas portugueses, foi alvo de uma explosão no vale de Swat, em Khyber Pakhtunkhwa. Na altura, o TTP afirmou não ter qualquer ligação com o atentado.
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