Pena de ex-candidato às presidenciais da Tunísia aumenta para 35 anos

O ex-candidato às presidenciais de outubro da Tunísia Ayachi Zammel foi condenado a uma pena superior a 32 meses de prisão, transformando a sua pena total em 35 anos, disse hoje o seu advogado à agência noticiosa AFP.

Notícia

© FETHI BELAID/AFP via Getty Images

Lusa
11/11/2024 16:46 ‧ 11/11/2024 por Lusa

Mundo

Tunísia

O aumento da pena foi determinado pelo tribunal de Manouba, perto de Tunes, sob a acusação de falsificação de assinaturas aquando da apresentação da sua candidatura, detalhou o advogado Abdessattar Messaoudi.

 

A mesma fonte acrescentou que o número total de condenações contra Zammel, um empresário de 47 anos e antigo dirigente do pequeno partido liberal Azimoun, "ascende a 35 anos".

Cada assinatura suspeita originou um processo, estando 37 inquéritos abertos até à data em toda a Tunísia contra Zammel, que não fez campanha porque se encontra detido desde a confirmação da sua candidatura, a 02 de setembro, por suspeita de violação das regras de recolha de assinaturas.

Obteve 7,35% dos votos nas eleições presidenciais, que foram ganhas com grande margem (90,7% dos votos) pelo chefe de Estado cessante, Kais Saied, num contexto de abstenção recorde (menos de 30% de participação).

O outro candidato autorizado a concorrer, um antigo deputado pan-árabe de esquerda, Zouhair Maghzaoui, obteve apenas 1,97% dos votos.

A União Europeia lamentou "a limitação contínua do espaço democrático na Tunísia", em reação à detenção de Zammel e à exclusão pela autoridade eleitoral de três outros concorrentes considerados particularmente perigosos para Saied.

Há três anos que organizações tunisinas e estrangeiras denunciam uma "deriva autoritária" do Presidente Saied, com a detenção de mais de 20 opositores, bem como de sindicalistas, ativistas da sociedade civil e jornalistas.

Em 25 de julho de 2021, Saied demitiu o primeiro-ministro e suspendeu o parlamento, antes de rever a Constituição para restabelecer um regime ultra-presidencial em que goza de plenos poderes de facto.

Leia Também: Candidato presidencial da Tunísia condenado a pena pesada de prisão 

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas