Ativista tira a própria vida em protesto contra ditadura de Ali Khamenei
O ativista iraniano Kianoosh Sanjari tirou a própria vida em protesto contra a "ditadura" do líder supremo do Irão, Ali Khamenei, depois de apelar aos iranianos para que superem a "escravidão", confirmaram hoje outros ativistas.
© Theo Wargo/Getty Images for CBGB
Mundo Irão
Kianoosh Sanjari anunciou, na quarta-feira na rede social X, que se suicidaria se quatro pessoas detidas por motivos políticos não fossem libertadas e a notícia da sua libertação fosse publicada nos meios de comunicação social.
"A minha vida terminará depois deste tweet, mas não vamos esquecer que vivemos e morremos pelo amor à vida, não à morte. Ninguém deveria ser preso por expressar as suas opiniões. O protesto é um direito de todo cidadão iraniano", escreveu Sanjari.
Outros ativistas como Hossein Ronaghi ou o cantor Mehdi Yarrahi confirmaram a morte de Sanjari nas redes sociais.
"Fizemos tudo o que podíamos, ontem [quarta-feira] à noite e hoje, mas Kianoosh morreu", escreveu Ronaghi no X.
As autoridades iranianas não comentaram a sua morte.
الوعده وفا.
— Kianoosh Sanjari (@Sanjaribaf) November 13, 2024
هیچ کس نباید به خاطر بیان عقایدش زندانی شود. اعتراض حق هر شهروند ایرانیست.
زندگی من پس از این توییت به پایان خواهد رسید اما فراموش نکنیم که ما برای عشق به زندگی جان داده و میدهیم، و نه مرگ.
آرزومندم روزی ایرانیان بیدار و بر بردگی چیره شوند.
پاینده ایران
Os ativistas para os quais Sanjari solicitou a libertação são Fateme Sepehari, Nasrin Shakrami, Arsham Rezaei e Tomaj Salehi, todos condenados pela sua participação nos protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini que foi detida por não usar corretamente o véu islâmico em 2022.
Sanjari deixou o Irão em 2007, após anos de detenções, e exilou-se nos Estados Unidos, onde trabalhou para meios de comunicação que se opunham à República Islâmica.
Mas regressou ao seu país em 2016, depois da sua mãe adoecer e ter sido detida e condenada a 11 anos de prisão.
Três anos depois foi internado num hospital psiquiátrico, onde relatou que sofreu torturas como eletrochoques e foi amarrado à cama.
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Serviços telefónicos de apoio emocional em Portugal
SOS Voz Amiga (entre as 16 horas e as meia-noite) - 213 544 545 (número gratuito) - 912 802 669 - 963 524 660
Conversa Amiga (entre as 15 e as 22 horas) - 808 237 327 (número gratuito) e 210 027 159
SOS Estudante (entre as 20 horas e a uma da madrugada) - 239 484 020 - 915246060 - 969554545
Telefone da Esperança (entre as 20 e as 23 horas) - 222 080 707
Telefone da Amizade (entre as 16 e as 23 horas) – 228 323 535
Todos estes contatos garantem anonimato tanto a quem liga como a quem atende. No SNS24 (808 24 24 24), o contacto é assumido por profissionais de saúde. Deve selecionar a opção 4 para o aconselhamento psicológico. O serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
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