A alteração ao regulamento da lei de imigração foi aprovada hoje pelo Conselho de Ministros e, além de simplificar procedimentos, reduz também diversos prazos, explicou a ministra com a tutela da imigração, Elma Saiz, numa conferência de imprensa em Madrid.
Segundo a ministra, esta é "a reforma mais integral e ambiciosa" deste regulamento feita em mais de uma década, tendo como objetivo facilitar a regularização da situação de estrangeiros que vivem em Espanha, assim como o reagrupamento familiar, entre outros aspetos.
As mudanças têm em conta as necessidades do mercado de trabalho e dos próprios imigrantes, assim como a legislação europeia e o desafio demográfico de Espanha, marcado pelo envelhecimento e necessidades de mão-de-obra, afirmou a ministra.
"Estimamos que com esta reforma se possam regularizar, em média, 300 mil pessoas por ano durante os próximos três anos", disse Elma Saiz.
"O objetivo é reforçar e alargar os canais de acesso à regularização dos migrantes em Espanha, para que possam ter uma vida plena como cidadãos, com direitos e deveres", acrescentou.
Segundo o Governo, havia 210 mil imigrantes com processos de naturalização e regularização abertos em Espanha no final de 2023, mais 85 mil do que um ano antes.
Elma Saiz lembrou hoje que o primeiro-ministro espanhol, o socialista Pedro Sánchez, tem dito, sobre a imigração, que Espanha "tem de escolher entre ser um país aberto e próspero ou um país fechado e pobre" e o mesmo deve decidir a União Europeia, num discurso de oposição ao de governos e partidos de direita e de extrema-direita.
"E nós escolhemos a primeira opção", afirmou hoje a ministra Elma Saiz.
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