"Pelo menos 16 civis morreram e 20 ficaram feridos após aviões de guerra, provavelmente russos, atirarem contra veículos civis" num setor da cidade de Alepo controlado pelos rebeldes, afirmou a OSDH, que dispõe de uma vasta rede de informações na Síria, citada pela agência France-Presse (AFP).
Os 'jihadistas' e as fações rebeldes aliadas tomaram a maior parte de Alepo, a segunda cidade da Síria, após uma ofensiva 'relâmpago' que já fez mais de 320 mortos, segundo o OSDH.
As Forças Armadas da Síria reconheceram hoje que o grupo rebelde Organização para a Libertação do Levante (HTS), ajudado por "centenas de terroristas estrangeiros", recuperou "grande parte dos bairros de Alepo", e que aguardam por reforços para lançar a contraofensiva.
"As nossas Forças Armadas travaram batalhas ferozes", escreve o Ministério da Defesa da Síria num comunicado, no qual dá conta de que o ataque dos últimos dias a Alepo e Idlib, duas importantes cidades no noroeste da Síria, foi lançado pelo HTS e fez "dezenas de mortos e feridos".
A HTS é opositora do Governo de Bashar al-Assad.
Depois do ataque dos grupos rebeldes, a aviação russa e síria bombardeou várias posições em Alepo. Esta é a primeira vez desde 2016 que a segunda maior cidade da Síria é palco de confrontos armados, o que lança renovadas preocupações sobre uma escalada de tensão e violência nesta região do Médio Oriente.
Segundo o OSDH, os combates são os mais violentos desde 2020 no noroeste da Síria, onde a província de Alepo, maioritariamente nas mãos do regime de Assad, é contígua ao último grande reduto rebelde e 'jihadista' de Idlib.
O grupo 'jihadista' HTS (também conhecido como Al-Qaida na Síria) e os grupos aliados, alguns dos quais próximos da Turquia, tinham chegado de manhã às portas da cidade, "depois de terem efetuado dois atentados suicidas com carros armadilhados".
Também o Irão, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Aragchi, transmitiu na semana passada ao seu homólogo sírio, Bassam al-Sabbagh, o apoio de Teerão na luta contra o grupo HTS e outras milícias na região de Alepo.
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