Falha de energia obriga à paragem de julgamento na Guiné-Bissau

Uma falha momentânea de energia elétrica numa grande parte da capital da Guiné-Bissau obrigou hoje à paragem do julgamento de cinco arguidos estrangeiros detidos num avião com mais de 2,6 toneladas de droga no aeroporto internacional.

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Lusa
02/12/2024 12:44 ‧ há 2 horas por Lusa

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Guiné-Bissau

O julgamento estava prestes a ser iniciado esta manhã em Bissau. Quando o coletivo de cinco juízes se concentrava nas questões prévias, a energia elétrica falhou na sala de audiências da Vara Crime e Transgressão do Tribunal Regional de Bissau.

 

Trata-se do julgamento da maior apreensão de droga ocorrida na Guiné-Bissau, a 07 de setembro, numa operação coordenada pela Polícia Judiciária (PJ) guineense em cooperação com parceiros internacionais.

Uma fonte da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné (EAGB) disse à Lusa que "as falhas no fornecimento são normais", numa altura em que a empresa procede a testes no novo sistema de produção a partir de uma barragem na Guiné-Conacri.

A mesma fonte adiantou que a "situação será ultrapassada a qualquer momento".

Com a sessão interrompida, os cinco arguidos permaneceram na sala da audiência, acompanhados de uma equipa de advogados guineenses.

Os detidos são dois cidadãos do México, um colombiano, um cidadão do Equador e um do Brasil. O MP acusa-os de "tráfico internacional de estupefacientes, associação criminosa e aterragem irregular de uma aeronave no aeroporto" internacional Osvaldo Vieira.

Os acusados estão em prisão preventiva há mais de dois meses, desde a descoberta da droga no avião que aterrou no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, na capital guineense. 

Fonte judicial ligada ao processo indicou à Lusa que os cinco indiciados "não quiseram prestar declarações" durante a fase das investigações e as autoridades "ainda não conseguiram descobrir quem é, de facto, o dono da droga".

A Polícia Judiciária (PJ) guineense informou que o avião, que aterrou em Bissau no dia 07 de setembro, era oriundo da Venezuela, embora as autoridades daquele país tenham refutado a alegação, salientando que o aparelho "nunca tinha pisado o solo Venezuelano".

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou, em diversas ocasiões, que o aparelho será vendido e as receitas revertidas para os cofres públicos do país.

A PJ procedeu, em 19 de setembro, na localidade de Safim, perto de Bissau, à incineração da droga.

Leia Também: Guiné-Conacri "deplora" confrontos que causaram dezenas de mortos

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