Um dos ataques ocorreu em Beit Lahiya, perto da fronteira com Israel, de acordo com o Hospital Kamal Adwan, nas proximidades, que recebeu os corpos.
Num outro ataque, contra o campo de refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza, morreram pelo menos sete pessoas, de acordo com o Hospital Awda.
O exército israelita não comentou, até ao momento, estes ataques.
Israel tem travado uma nova ofensiva contra os militantes do Hamas no norte de Gaza desde o início de outubro.
As forças armadas israelitas dizem que tentam evitar ferir os civis e acusam os militantes do movimento islamita palestiniano Hamas de se esconderem entre a população, colocando vidas inocentes em perigo.
O exército israelita disse que militantes no centro de Gaza dispararam quatro projécteis contra Israel, dois dos quais foram intercetados. Os outros dois caíram em zonas abertas, sem registo de vítimas.
Israel lançou a 07 de outubro de 2023 uma ofensiva na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois do grupo palestiniano ter realizado em território israelita um ataque sem precedentes, matando cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 96 dos quais continuam em cativeiro. O exército israelita já declarou a morte de 36 reféns.
A guerra entre Israel e o Hamas fez, até agora, na Faixa de Gaza quase 45 mil mortos (cerca de 2% da população) e cerca de 106 mil feridos, além de mais de dez mil desaparecidos, na maioria civis, presumivelmente soterrados nos escombros, de acordo com números atualizados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.
Cerca de 90% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza viram-se obrigados a deslocar-se, muitos deles várias vezes, ao longo de mais de um ano de guerra, encontrando-se em acampamentos apinhados ao longo da costa, praticamente sem acesso a bens de primeira necessidade, como água potável e cuidados de saúde.
O sobrepovoado e pobre enclave palestiniano está mergulhado numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que está a fazer "o mais elevado número de vítimas alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.
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