Crystal Mangum, uma ex-dançarina exótica que acusou três jogadores da equipa de lacrosse da Universidade Duke, nos Estados Unidos, de violação, admitiu que mentiu sobre o caso que ocorreu em 2006.
"Testemunhei falsamente contra eles, dizendo que me tinham violado quando não o fizeram, e isso foi errado. E traí a confiança de muitas outras pessoas que acreditaram em mim", indicou Mangum, atualmente com 46 anos, no programa 'Let's Talk with Kat', apresentado por Katerena DePasquale.
"Inventei uma história que não era verdadeira porque queria a validação das pessoas e não de Deus", acrescentou.
Mangum concedeu a entrevista, citada pela CNN Internacional, a partir da Instituição Correcional da Carolina do Norte para Mulheres, onde se encontra a cumprir pena por ter esfaqueado o namorado até à morte em 2013.
More than 18 years after the Duke lacrosse allegations, Crystal Mangum admits that she made it all up.
— KC Johnson (@kcjohnson9) December 12, 2024
"I testified falsely against [the lacrosse players] by saying that they raped me when they didn't...I made up a story that wasn't true...I hope that they can forgive me." pic.twitter.com/3yMjbQTQXH
"Quero que eles saibam que eu os adoro e que eles não mereciam isto, e espero que eles possam perdoar-me", disse, sobre os antigos jogadores David Evans, Collin Finnerty e Reade Seligmann.
Crystal Mangum fez a acusação em 2006, quando tinha 27 anos, após ter sido contratada para atuar numa festa da equipa de lacrosse da universidade privada norte-americana. Após a festa, disse ter sido trancada e violada numa casa de banho, o que levou à detenção de três jovens jogadores.
O caso causou polémica e indignação nos Estados Unidos e obrigou ao cancelamento da época de 2006 da equipa e custou o emprego ao treinador Mike Pressler. O procurador do caso foi também condenado por desacato criminal e expulso da Ordem dos Advogados.
Em abril de 2007, o então procurador-geral da Carolina do Norte, Roy Cooper, decidiu rever o caso e ilibou os três homens.
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