"Promover o desenvolvimento saudável e estável das relações entre a China e a Coreia do Sul é do interesse comum de ambas as partes", afirmou Lin Jian, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, numa conferência de imprensa, em Pequim.
O parlamento sul-coreano suspendeu Yoon do cargo no sábado, após a sua tentativa falhada de declarar a lei marcial, uma tomada de poder que mergulhou uma das principais economias da Ásia numa grave crise política.
O Tribunal Constitucional sul-coreano tem agora cerca de seis meses para se pronunciar sobre a validade da moção de destituição.
"A Coreia do Sul é um vizinho próximo e um parceiro de cooperação importante e amigável para a China. A promoção de um desenvolvimento saudável e estável das relações sino - sul-coreanas é do interesse comum de ambas as partes", afirmou Lin Jean.
"A política da China em relação à Coreia do Sul é coerente e estável", disse o porta-voz, acrescentando que a "manutenção da paz e da estabilidade na península coreana é do interesse de todas as partes e exige esforços ativos de todos".
No entanto, quando questionado diretamente sobre a demissão do Presidente Yoon, o porta-voz recusou-se a comentar, dizendo que se tratava de "um assunto interno da Coreia do Sul".
Embora sejam grandes parceiros comerciais, os dois países têm uma longa história de fricção política.
A China é o principal parceiro económico e político da Coreia do Norte, país com o qual Seul continua oficialmente em guerra.
A Coreia do Sul é um aliado fundamental dos Estados Unidos e acolhe várias das suas bases militares.
Na semana passada, Yoon Suk Yeol fez um discurso virulento para justificar a sua decisão de declarar a lei marcial, referindo-se nomeadamente a suspeitas de espionagem por parte de cidadãos chineses.
Citando dois casos de alegada espionagem envolvendo cidadãos chineses, Yoon acusou o principal partido da oposição de estar a bloquear os seus esforços para alterar a legislação sul-coreana contra a espionagem.
Em resposta, a China declarou estar "profundamente surpreendida e descontente", acrescentando que estas observações "não promovem o desenvolvimento saudável e estável das relações bilaterais".
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