Venezuela pede à Interpol captura de opositor Leopoldo López

O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou hoje que o Ministério Público solicitou um mandado de captura e um alerta vermelho da Interpol contra Leopoldo López, político da oposição radicado em Espanha.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Getty Images

Lusa
13/01/2025 21:08 ‧ há 15 horas por Lusa

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Em conferência de imprensa em Caracas, Saab qualificou López, líder do partido Vontade Popular, de "reincidente em ações criminosas" para justificar o pedido à Interpol pelos "crimes de instigação a ações armadas contra a República".

 

O procurador-geral acusou ainda López e a oposição venezuelana de "se juntaram" ao apelo feito no sábado pelo antigo Presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) para uma "intervenção internacional" na Venezuela, endossada pelas Nações Unidas, para afastar Nicolás Maduro do poder.

"Juntou-se a um apelo para banhar o país em sangue, após os apelos de [Álvaro] Uribe e [Iván] Duque (ex-Presidente da Colômbia). As Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB) já os condenaram (...) eles recorrem à convocação da FANB para participar de uma ação criminosa contra o país".

Saab iniciou a conferência de imprensa fazendo referência ao apelo "a uma intervenção estrangeira" feito por Álvaro Uribe e explicou que as autoridades "não permitirão apelos a intervenções militares, de parte de personalidades estrangeiras e nacionais que se juntem para querer banhar a Venezuela em sangue".

No sábado, o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pediu uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, do poder.

O pedido ocorreu um dia depois de Maduro tomar posse para um novo mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das últimas eleições presidenciais no país.

Uribe apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".

Pouco depois, Maduro disse que "a Venezuela tem--se preparado, juntamente com Cuba, com a Nicarágua (...) para que, se um dia tiver de pegar nas armas para defender o direito à paz, o direito à soberania e os direitos históricos da nossa pátria, possa travar a batalha e voltar a ganhá-la".

Leia Também: Venezuela acusa oposição de atacar cinco consulados, incluindo em Lisboa

 

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