Iniciada a fase de cessar-fogo no enclave palestino - com a primeira fase em vigor, que durará por enquanto 42 dias - permitiu às equipas de defesa civil localizar e recuperar corpos sem serem alvos de fogo, apesar da escassez de pessoal e material causada pela guerra,
Em comunicado foi descrito que pelo menos oito corpos foram recuperados nas províncias do norte e de Gaza, enquanto nas províncias do sul, as equipas recuperaram 58.
De acordo com um relatório publicado hoje pela agência de notícias palestiniana Sanad, citando autoridades da defesa civil, 137 corpos foram recuperados só na cidade de Rafah, no sul do país, desde o início do cessar-fogo em Gaza, no domingo.
Esses números, acrescenta a Sanad, "refletem a escalada dos massacres aos quais os civis foram submetidos naquela área".
"A Autoridade de Defesa Civil na Faixa precisa de ser reabilitada, construída e provida com quadros humanos, capacidades e equipamentos necessários para trabalhar durante o próximo período. Isto para lidar com a destruição massiva deixada pela guerra de extermínio por mais de 15 meses", pediu o porta-voz, Mahmud Basal, que lembrou que sua equipa conseguiu recuperar 38.300 corpos durante toda a guerra.
Basal insistiu que ainda há cerca de 10.000 corpos, que não estão registados nas estatísticas do total de vítimas do Ministério da Saúde em Gaza -- cuja última contagem chegava a mais de 46.913 -- para serem recuperados das ruínas.
Apesar da trégua, o exército israelita confirmou à EFE que abriu fogo contra "indivíduos suspeitos" em Rafah, enquanto a agência de notícias palestina Wafa informou que duas pessoas morreram no ataque, incluindo uma criança.
"Vários indivíduos suspeitos foram identificados como uma ameaça aos soldados que operavam em várias áreas de Rafah, de acordo com os termos do acordo de cessar-fogo. Os soldados responderam com fogo contra eles", disseram as forças armadas.
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