De acordo com a agência espanhola de notícias, a Efe, estes dois chefes de Estados da África subsaariana foram os únicos da região a felicitar Trump pela sua tomada de posse na segunda-feira em Washington, que marca o seu regresso à Casa Branca depois de ter governado o país entre 2017 e 2021.
O Presidente do Burundi, Evariste Ndayishimiye, disse que, "no momento em que [Trump] toma as rédeas do poder, esperamos fortalecer os laços duradouros entre o Burundi e os EUA".
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, escreveu também no X, antigo Twitter: "Estou ansioso por continuar a parceria estreita e mutuamente benéfica entre as nossas duas nações em todas as áreas da nossa cooperação", disse Ramaphosa.
A África do Sul, que assumiu a presidência rotativa do G20 (grupo de países desenvolvidos e emergentes) a 01 de dezembro, já tinha manifestado o seu desejo, pouco depois da reeleição de Trump, de que o Presidente norte-americano participasse na cimeira de líderes e chefes de Estado que terá lugar em novembro próximo na África do Sul.
"Durante a nossa conversa telefónica, ambos concordámos com a necessidade de reforçar os nossos laços comerciais e políticos. Também estamos ansiosos por dar as boas-vindas ao Presidente eleito Trump durante a Cimeira de Chefes de Estado do G20", afirmou então o líder sul-africano no seu perfil X.
A África do Sul, no entanto, faz parte do grupo BRICS, um grupo de economias maioritariamente emergentes, composto também pelo Brasil, Rússia, Índia e China, a quem Trump ameaçou impor tarifas pesadas se criarem uma moeda rival do dólar americano, algo que não está entre os planos do fórum, que procura promover o comércio entre os membros nas suas moedas locais.
Na segunda-feira, o Presidente norte-americano reiterou a sua intenção de impor uma tarifa de 100% aos BRICS quando, questionado na Sala Oval sobre a contribuição de Espanha para a NATO, confundiu o país com um membro do grupo.
"A Espanha é um país dos BRICS. Sabem o que é um país dos BRICS? Vão descobrir. Se os países BRICS quiserem fazer isso, tudo bem, mas vamos impor pelo menos uma tarifa de 100% sobre os negócios que eles fazem com os Estados Unidos", disse Trump.
Leia Também: Sair da OMS? "Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem"