O tribunal da cidade de Suzhou declarou que Zhou Jiasheng, de 52 anos, esfaqueou as três vítimas porque estava endividado e não queria continuar a viver, disse o secretário-geral do Governo japonês, Yoshimasa Hayashi, aos jornalistas, em Tóquio.
O caso foi um dos dois ataques com faca contra crianças japonesas ocorridos na China no ano passado, o que suscitou preocupações quanto ao aumento do sentimento contra o Japão no país. Tóquio pediu a Pequim que garantisse a segurança dos seus cidadãos na China.
Hayashi afirmou que a decisão do tribunal não fez qualquer referência ao Japão.
"Acreditamos que o crime que matou e feriu pessoas inocentes, incluindo uma criança, foi absolutamente imperdoável e levamos a decisão a sério", disse Hayashi.
Funcionários do Consulado do Japão em Xangai estiveram presentes no julgamento, contou.
O esfaqueamento ocorreu numa paragem de autocarro de uma escola japonesa em Suzhou, a 24 de junho. A empregada de mesa do autocarro, Hu Youping, que tentou impedir o ataque, morreu dias depois devido aos ferimentos. A mãe e a criança japonesas não sofreram ferimentos graves.
Em setembro, um estudante japonês de 10 anos morreu depois de ter sido esfaqueado perto da sua escola na cidade de Shenzhen, no sul do país.
Outros ataques à faca envolvendo estrangeiros no ano passado foram incidentes isolados, segundo o Governo chinês.
Em junho, um chinês esfaqueou quatro professores universitários norte-americanos num parque público em Jilin, no nordeste do país, bem como um cidadão chinês que tentou intervir.
Em maio, um ataque com faca num hospital no sudoeste da China matou duas pessoas e feriu outras 21.
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