"Está previsto que no sétimo dia do acordo, 25 de janeiro de 2025, a ocupação [Israel] conclua a sua retirada do eixo de Rashid, uma vez concluído o processo da segunda ronda de troca de prisioneiros", disse o grupo extremista, segundo o jornal palestiniano Filastin.
De acordo com o Hamas, "os deslocados internos serão autorizados a regressar desarmados ao norte e sem serem sujeitos a inspeções" em Rashid, situada a sul da cidade de Gaza.
O Hamas assegurou que haverá liberdade de circulação entre o sul e o norte da Faixa de Gaza e que os veículos de todos os tipos poderão regressar ao norte através do corredor de Netzarim, após inspeção.
"No 22.º dia do acordo, as pessoas deslocadas poderão regressar ao norte através da Rua Saladin sem inspeção", disse o grupo que governa a Faixa de Gaza desde 2007, segundo a agência espanhola Europa Press.
O grupo islamita afirmou na segunda-feira que a segunda fase da libertação dos reféns terá lugar no sábado, quando entregar quatro mulheres militares, no âmbito do acordo de cessar-fogo que entrou em vigor a 19 de janeiro.
O dirigente do Hamas Nahed al-Fajuri disse que Israel fornecerá no mesmo dia uma lista com as identidades do segundo grupo de prisioneiros palestinianos a serem libertados.
"O acordo sobre o próximo grupo na primeira fase do acordo estipula que todas as mulheres soldados de ocupação serão libertadas em troca de 30 prisioneiros palestinianos que cumprem penas de prisão perpétua e 20 prisioneiros condenados a penas longas", especificou Fajuri
O porta-voz do exército israelita em língua árabe, Avichai Adrai, disse na terça-feira que os palestinianos deslocados poderão começar a regressar ao norte do enclave "a partir da próxima semana", se o Hamas cumprir o acordo.
Adrai disse que as forças israelitas estão empenhadas em assegurar a concretização de todos os pontos do acordo de cessar-fogo, alcançado após 15 meses de guerra.
Disse também que as forças israelitas permanecem destacadas em áreas específicas da Faixa de Gaza e que as deslocações do sul para o norte ou para o corredor de Netzarim "continuam a ser perigosas".
Na sequência do acordo de cessar-fogo, o Hamas libertou três mulheres raptadas durante os atentados de 07 de outubro de 2023, que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 250 reféns, segundo as autoridades israelitas.
Posteriormente, Israel libertou 90 prisioneiros palestinianos, no início de seis semanas de trocas faseadas envolvendo 33 reféns israelitas e mais de 1.900 prisioneiros palestinianos.
Em resposta aos ataques de 07 de outubro, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais 47.100 mortos, de acordo com as autoridades de saúde do enclave, controladas pelo Hamas.
Também forma mortas cerca de 850 pessoas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
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