A visita do príncipe Faisal bin Farhan acontece quase dois meses depois da entrada em vigor de um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo libanês Hezbollah, que destruiu grande parte das capacidades militares deste movimento xiita.
O Líbano elegeu este mês o seu primeiro Presidente em mais de dois anos e nomeou um novo primeiro-ministro.
A ascensão do chefe do Exército, general Joseph Aoun, a Presidente, e do diplomata e antigo chefe do Tribunal Penal Internacional, Nawaf Salam, a primeiro-ministro eleito, são vistos como duros golpes contra o grupo Hezbollah.
Bin Farhan deverá reunir-se com o Presidente Joseph Aoun, o presidente do Parlamento, Nabih Berri, e o primeiro-ministro interino, Najib Mikati.
A Arábia Saudita e outros países do Golfo estão preocupados com a crescente influência do Hezbollah - apoiado pelo Irão e pelos seus aliados - no Governo libanês, o que acabou por conduzir a uma crise diplomática em 2021.
Riade criticou o fracasso das autoridades libanesas em combater o contrabando de drogas do Líbano para a Arábia Saudita e impôs medidas punitivas após comentários televisivos do ministro da Informação do Líbano, onde este criticou a guerra de Riade no Iémen contra os rebeldes Huthis.
As autoridades sauditas proibiram as importações vindas do Líbano, o que agravou o sofrimento económico dos agricultores e industriais libaneses, uma vez que o país estava no meio de uma crise económica.
Há vários anos que o Líbano ambiciona retomar os laços diplomáticos com a Arábia Saudita e com outros países do Golfo, que eram tradicionalmente parceiros comerciais importantes e cujos cidadãos se deslocam com frequência ao Líbano, dinamizando a sua economia turística.
Este é um momento crítico para o Líbano, país atolado numa crise económica e que necessita urgentemente de fundos para a reconstrução de dezenas de cidades e aldeias devastadas pela guerra.
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