A proteção fornecida pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) foi retirada na noite de quinta-feira e Fauci decidiu contratar segurança privada, porque continua a enfrentar ameaças de pessoas que acreditam em teorias da conspiração sobre a pandemia e as vacinas, noticiou hoje a estação CNN.
"Quando se trabalha para o governo, a dada altura a sua equipa de segurança desaparece, não se pode tê-la para sempre", realçou hoje Trump, depois de questionado sobre o assunto.
Fauci trabalhou durante décadas em vários cargos relacionados com a saúde pública no governo e aconselhou Trump quando a pandemia eclodiu, embora tivesse diferenças assinaláveis com o chefe de Estado, uma vez que este não se deixou guiar pela ciência.
Quando assumiu o poder em 2021, Biden manteve Fauci como o rosto da resposta à emergência sanitária e, antes de deixar o cargo na passada segunda-feira, concedeu-lhe um perdão preventivo para evitar que fosse processado pela nova administração Trump.
Além de Fauci, Trump também retirou a equipa de segurança a John Bolton, que serviu como seu conselheiro de segurança nacional durante o seu primeiro mandato até ser demitido, em 2019.
Bolton tinha segurança porque estava a receber ameaças do Irão e, em 2022, o Departamento de Justiça acusou um membro da Guarda Revolucionária iraniana de tentar assassiná-lo.
Trump também revogou a proteção de segurança do Governo para o ex-secretário de Estado Mike Pompeo e seu principal conselheiro, Brian Hook, ameaçados pelo Irão após assumirem posições intransigentes no primeiro mandato de Trump.
Pompeo e Hook foram os rostos públicos da campanha de "pressão máxima" dos Estados Unidos contra o Irão, depois de Trump se ter retirado, em 2018, do acordo nuclear com o Irão, que oferecia alívio nas sanções em troca de limitar drasticamente o seu programa nuclear. E o Irão culpou ambos pelo assassínio do comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Qassem Soleimani, a 03 de janeiro de 2020.
De acordo com um relatório enviado ao Congresso a março de 2022, o Departamento de Estado indicou que estava a pagar mais de dois milhões de dólares (1,9 milhões de euros) por mês para fornecer segurança 24 horas por dia a Pompeo e Hook. Mas documentos posteriores não incluíam o montante.
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