De acordo com a agência de notícias espanhola EFE a posição foi transmitida pelo ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Asaad al-Shaibani, e o ministro da Defesa, Marhaf Abu Qasra, ao subsecretário-geral da ONU para as Operações de Manutenção da Paz, Jean-Pierre Lacroix.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio indicou que a Síria está disposta a cooperar plenamente com a ONU sobre as suas posições na fronteira em conformidade com o mandato de 1974, na condição de as forças israelitas se retirarem imediatamente.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a Resolução 350 em 31 de maio de 1974, que estabeleceu a retirada das forças israelitas e sírias dos Montes Golã e a criação da Força de Observação das Nações Unidas (UNDOF).
A UNDOF manifestou total empenhamento na solução desta questão e no restabelecimento da estabilidade na fronteira e na região.
A missão da ONU declarou disposição quanto ao apoio às operações de desminagem assim como pretende assegurar, disse, a qualidade dos serviços e a coordenação entre as autoridades e as organizações que trabalham na eliminação do material de guerra explosivo, "tendo em vista uma Síria mais segura".
A reunião realizou-se apenas um dia depois de o Ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, ter afirmado que as forças israelitas vão permanecer estacionadas no lado sírio do Monte Hermon, nos Montes Golã, por tempo indeterminado.
Katz avisou, a 13 de dezembro do ano passado, que as tropas vão permanecer na zona desmilitarizada durante todo o inverno, embora tenha afirmado, na altura, que o destacamento era temporário.
A medida foi criticada por alguns países árabes e pela ONU.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou que se tratava de uma violação do acordo territorial de 1974 entre Israel e a Síria.
Os residentes do lado sírio protestaram contra o destacamento de soldados israelitas e apelaram à comunidade internacional para travar o avanço do país, recordando que Israel continua a controlar grande parte dos Montes Golã, que anexou após a guerra de 1967.
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