O ex-soldado britânico, Daniel Khalife, acusado de espionagem para o Irão, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão, esta segunda-feira, no Woolwich Crown Court, em Londres, Reino Unido.
Segundo o The Guardian, na audição, a juíza disse que o "objetivo desta sentença" era "dissuadir os outros de comportamentos semelhantes", acrescentando que Khalife foi motivado pelo "desejo egoísta de se querer exibir".
Os procuradores acusaram o ex-soldado de fazer "um jogo cínico" e de querer uma carreira como agente duplo para ajudar os serviços de inteligência britânicos quando, na verdade, "reuniu muita informação restrita e confidencial".
Durante a sentença, a juíza afirmou também que, apesar do juramento de lealdade que Daniel Khalife fez, tinha sido "motivado pela mágoa para trair os colegas e superiores” e que a sua “conduta foi premeditada e continuou durante dois anos".
"Estava ciente de que os iranianos tinham tecnologia capaz de aceder ao seu telemóvel e de rastrear onde estava e, por interferência direta, os seus colegas militares, ainda que alguma da informação inicial fosse falsa e sem importância direta, não parou quando percebeu que os serviços de segurança domésticos não iam responder às suas propostas", disse a juíza, citado pelo The Guardian.
De recordar que, em novembro de 2024, Daniel Khalife, de 23 anos, tinha sido presente a tribunal, onde tinha sido considerado culpado depois de descobrirem que o jovem recolhia várias informações, incluindo nomes de militares das forças especiais, e as passava para Teerão.
Na altura do julgamento, o juiz chegou a afirmar que a pena de prisão deveria ser longa.
Em 2023, o ex-soldado, que se encontrava detido, fugiu da prisão depois de se ter amarrado a um camião de comida durante o seu julgamento no Woolwich Crown Court. Foi detido, novamente, 72 horas depois enquanto andava de bicicleta.
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