Casa Branca proíbe entrada da AP na Sala Oval e Air Force One. O motivo

A Casa Branca proibiu por tempo indeterminado a entrada de jornalistas da agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) na Sala Oval e no Air Force One por terem utilizado a designação "Golfo do México" em vez de "Golfo da América".

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Lusa
15/02/2025 06:33 ‧ há 9 horas por Lusa

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EUA

O porta-voz do Presidente dos Estados Unidos, Taylor Budowich, afirmou na rede social X que, embora a AP tenha o direito, previsto na Primeira Emenda, de informar "de forma irresponsável e desonesta", isso não lhe dá o direito de ter "acesso ilimitado a espaços limitados como a Sala Oval ou o Air Force One [avião presidencial]".

 

"A partir de agora, esse espaço estará aberto aos muitos milhares de jornalistas que têm sido impedidos de cobrir estas áreas reservadas da Administração. Os jornalistas e fotógrafos da Associated Press manterão as suas credenciais para o complexo da Casa Branca", acrescentou.

Isto acontece poucas horas depois da Administração Trump ter negado o acesso a um jornalista da agência noticiosa norte-americana à conferência de imprensa realizada entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A Casa Branca já defendeu esta semana o veto de outro repórter da agência noticiosa por não utilizar o nome "Golfo da América" e questionou se existem meios de comunicação que não utilizam esta denominação geográfica quando já existem empresas como a Apple ou a Google que o reconhecem.

"Se virmos os meios de comunicação social nesta sala a espalhar mentiras, vamos responsabilizá-los e é um facto que a massa de água ao largo da costa da Louisiana se chama Golfo da América", disse a porta-voz Karoline Leavitt numa conferência de imprensa.

A editora executiva da agência noticiosa, Julie Pace, denunciou que a Casa Branca tinha pedido ao órgão de comunicação social para "alinhar os seus padrões editoriais com a ordem executiva de Trump", renomeando o Golfo do México.

Por seu lado, o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) disse que estas "represálias" contra a AP "minam o compromisso declarado do presidente dos EUA com a liberdade de expressão".

"Estas ações seguem um padrão de difamação e criminalização da imprensa por parte da atual administração e são inaceitáveis", afirmou a diretora executiva do CPJ, Jodie Ginsberg, num comunicado hoje divulgado.

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