As mortes fixam em 28 o número de sobreviventes conhecidos, segundo o Centro de Memória das Vítimas do Massacre de Nanjing, cometido pelas tropas japonesas, no final de 1937.
O massacre deixou uma marca profunda na vida de Yi Lanying, que enfrentou uma existência traumatizada pelo medo e pela ansiedade e desejou que as gerações futuras "nunca esqueçam as vidas inocentes que se perderam", recordou o Centro de Memória, após a sua morte.
Tao Chengyi, por sua vez, perdeu o pai, o tio e o primo nesse episódio que, segundo chegou a dizer, destruiu a sua infância.
As histórias destas vítimas foram incluídas em 2015 no Registo da Memória do Mundo da Unesco.
A 13 de dezembro de 1937, o exército imperial japonês invadiu Nanjing, no leste da China, e nas seis semanas seguintes as suas forças incendiaram e saquearam a cidade, violaram em massa dezenas de milhares de mulheres e mataram entre 150.000 e 340.000 pessoas, segundo várias fontes históricas.
Todos os anos, nesta data, a China lembra o próprio "holocausto" no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, com uma cerimónia no Memorial às Vítimas do Massacre de Nanjing.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão invadiu grande parte do território chinês, onde cometeu graves crimes de guerra, tais como massacres sistemáticos de civis, experiências com armas biológicas e a utilização de mulheres chinesas como "escravas sexuais" por oficiais do exército japonês.
Pequim tem criticado frequentemente Tóquio por adotar o que considera ser uma posição revisionista sobre a invasão.
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