Em comunicado, Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas & Democratas (S&D), liberais do Renovar a Europa e Os Verdes referiram que "à luz da nova realidade geopolítica, a sua incerteza e ameaças crescentes, é mais do que altura para a União Europeia avançar na sua própria segurança".
"A União Europeia não pode continuar a depender totalmente dos EUA para defender os valores e interesses comuns, incluindo o apoio contínuo à soberania e integridade territorial da Ucrânia", acrescentaram.
Os quatro grupos políticos acrescentaram que os Estados-membros da União Europeia têm de "enfrentar esta nova realidade e redobrar esforços" para melhorar a segurança coletiva.
A União Europeia "não tem outra opção a não ser tomar medidas imediatas", nomeadamente no que diz respeito a garantir que a Ucrânia "está na melhor posição securitária" possível para quando se iniciarem e eventualmente concluírem negociações de paz com a Rússia.
Repetindo as posições dos líderes europeus e que a União Europeia, como um todo, adotou desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, os quatro grupos políticos, que representam a maioria do PE, insistiram que qualquer solução para o conflito no território ucraniano tem de passar pelo respeito pelas exigências da Ucrânia.
A referência é uma alusão ao receio de que as negociações que Washington quer iniciar com Moscovo, excluindo a União Europeia e a Ucrânia, possam ser feitas sem atender às exigências da Ucrânia.
O país invadido exige a retirada das tropas russas da totalidade dos territórios ocupados desde 2022 e também da península da Crimeia, ocupada pela Rússia desde 2014, e a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) como garantia de segurança.
Mas os sucessivos adiamentos desta questão têm feito desvanecer qualquer ideia de pertença à organização político-militar.
Há menos de uma semana, Washington, através do secretário da Defesa, disse que a adesão à NATO e o regresso às fronteiras ucranianas do passado "era irrealista".
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