A polícia australiana acusou uma mulher de 31 anos de agressão a duas mulheres muçulmanas num centro comercial, em Melbourne, na semana passada, divulgou a BBC.
A suspeita terá tido as vítimas como alvo por estas terem a cabeça tapada. Alegadamente, a 13 de fevereiro, terá agarrado e asfixiado uma mulher de 30 anos, que estava grávida, usando o hijab desta em Epping, antes de empurrar e esbofetear outra vítima, de 26 anos, numa outra agressão, que ocorreu cerca de 10 minutos depois da primeira.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, condenou o incidente, considerando-o "repreensível" e rejeitou críticas de que o governo leva ataques islamofóbicos de forma menos séria do que os ataques antissemitas.
"Levo a sério todos os ataques às pessoas com base na sua fé e todos devem enfrentar por completo a força da lei", reiterou, citado pelo mesmo meio.
As vítimas da agressão sofreram ferimentos ligeiros e as autoridades locais encontram-se, atualmente, a investigar ameaças online contra uma das duas mulheres agredidas.
O incidente ocorreu duas semanas após o país ter implementado leis mais duras contra crimes de ódio na sequência de uma recente série de ataques antissemitas.
As novas leis foram descritas como "as leis mais duras que a Austrália alguma vez teve contra crimes de ódio" pelo governo local, citado pela BBC.
Na semana passada, duas enfermeiras australianas tinham sido suspensas após um vídeo publicado mostrá-las a ameaçar matar dois pacientes israelitas e a gabarem-se por se recusaram a tratá-los.
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