O porta-voz do Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, Nabil Abu Rudeina, disse que as tropas israelitas estavam a cometer "assassinatos" e a provocar deslocações populacionais, especialmente em Jenin e Tulkarem, antes de falar de uma "campanha de destruição sistemática" na Cisjordânia.
Rudeina salientou que estas operações fizeram dezenas de mortos e centenas de feridos, perante o "silêncio internacional" face às ações israelitas "visando um plano racista de anexação e expansão" que se somam ao "genocídio" na Faixa de Gaza.
O porta-voz apelou, por isso, aos Estados Unidos para que intervenham para "travar a agressão israelita contra o povo e a terra palestinianos", em vez de "encorajar a continuação dessa agressão".
Nesse sentido, Rudeina insistiu que os palestinianos "não aceitarão quaisquer planos que envolvam deslocações" e sustentou que "ameaçar o povo palestiniano não beneficia ninguém, mas levará a mais destruição aqui e na região".
O porta-voz de Abbas referia-se ao plano apresentado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para uma deslocação forçada da população de Gaza para outros países da região.
Rudeina criticou ainda a decisão das autoridades israelitas de emitir licenças de construção para outras 974 habitações no colonato de Efrat, o que faz parte da sua política de impor "factos consumados".
"As colónias são ilegais e violam resoluções internacionais, que confirmaram a necessidade da sua retirada", disse o porta-voz da Autoridades Palestiniana, antes de insistir que estes planos "consolidam o sistema de 'apartheid'" e representam medidas unilaterais destinadas a pôr fim à possibilidade de uma paz baseada na solução de dois Estados.
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