"Apoiada pelo Ruanda, a milícia M23 prossegue a sua ofensiva no leste da RDCongo. O Ruanda deve respeitar a integridade da RDCongo e retirar as suas tropas", declarou o ministério numa mensagem na rede social BlueSky.
A Alemanha apela a "um processo político", que considera ser a única forma de encontrar uma "solução para o conflito" e "evitar uma escalada regional".
Para o efeito, Kinshasa deve "dialogar com o M23 e levar a sério os legítimos interesses de segurança do Ruanda", afirma Berlim.
Na instável região dos Grandes Lagos, o leste da RDCongo está a ser alvo de um avanço relâmpago do grupo rebelde antigovernamental M23, que tomou no domingo a cidade de Bukavu, a capital da província do Kivu Sul, depois de ter tomado Goma, a principal cidade e centro económico da província vizinha Kivu Norte, no final de janeiro.
Nas últimas semanas, os combates provocaram milhares de mortos, segundo a ONU, e fazem temer uma repetição da chamada Segunda Guerra do Congo (1998-2003), que envolveu vários países africanos e provocou milhões de mortos devido à violência, doenças e fome.
Kinshasa acusa Kigali de querer controlar a exploração e o comércio de minerais - de que o leste da RDCongo é rico - utilizados em baterias e equipamentos eletrónicos.
O Ruanda nega a acusação e afirma que a sua segurança é ameaçada por grupos armados presentes na região, nomeadamente as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR), criadas por antigos líderes hutus do genocídio dos tutsis no Ruanda.
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