A visita incidirá sobre "o estado das relações bilaterais e a evolução da situação regional e internacional", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Esmaïl Baghaï, num comunicado, em que não se especificaram os assuntos a discutir.
Lavrov visitou o Irão pela última vez em outubro de 2023.
O Irão e a Rússia eram os dois principais aliados na Síria do presidente deposto Bashar al-Assad, que foi derrubado em dezembro por uma coligação liderada pelo grupo radical islâmico sunita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), um antigo ramo sírio da Al-Qaeda.
Teerão e Moscovo aceleraram a sua aproximação desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, e a imposição de sanções económicas contra a Rússia pelos países ocidentais.
O Irão e a Rússia partilham o desejo comum de contrariar o que consideram ser a hegemonia americana nas transações internacionais dominadas pelo dólar.
Os anúncios de cooperação entre o Irão e a Rússia multiplicaram-se nos últimos anos nos domínios das finanças, do comércio de bens de consumo e da energia.
Mas os dois países encontram-se por vezes em concorrência em certos mercados, como o da petroquímica.
Desde setembro de 2024, os iranianos, cujo país está isolado do sistema bancário mundial devido às sanções internacionais, podem levantar dinheiro na Rússia com um cartão iraniano, graças a um acordo bilateral.
A Rússia é um dos signatários, juntamente com a França, a Alemanha, o Reino Unido e a China, de um acordo nuclear internacional com o Irão.
O texto previa o abrandamento das sanções contra Teerão e o regresso dos investimentos ocidentais no Irão, em troca de um maior controlo das atividades nucleares iranianas.
Em 2018, os Estados Unidos de Donald Trump retiraram-se do acordo, que tinham assinado três anos antes.
Desde então, o Irão atravessa uma grave crise económica caracterizada por uma inflação galopante e uma rápida desvalorização da sua moeda, o rial, face ao dólar.
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