"Perante um impacto direto, com rajadas de ventos de mais de 200 km/h, o presidente da câmara acionará o alerta roxo às 09h00", indicou a autarquia, num comunicado de imprensa publicado na rede social X.
O nível mais elevado do sistema de alerta de ciclones, o alerta roxo, impõe um confinamento rigorosoh todo o movimento é proibido, incluindo a polícia e os serviços de emergência.
Se o Garance mantiver a trajetória atual, deverá passar hoje a menos de 50 quilómetros da ilha situada no Oceano Índico, "pelo menos na fase de ciclone tropical", disse a agência meteorológica de França (Météo-France).
"Não descartamos um impacto direto na ilha da Reunião", alertou a diretora inter-regional da Météo-France.
Céline Jauffret disse prever uma deterioração significativa das condições meteorológicas, com "ventos que deverão ser destrutivos, chuvas intensas e condições marítimas perigosas", incluindo ondas que podem atingir mais de oito metros de altura.
No último boletim, publicado às 05h00 (01h00 em Lisboa), a agência sublinhou que "as condições começarão a deteriorar-se significativamente a partir das 06h00/07h00 hora local na ilha" (02h00/03h00 em Lisboa).
A ilha da Reunião estava em alerta vermelho de ciclone desde quinta-feira à noite.
As autoridades estão a pedir aos residentes que não saiam de casa e sigam as recomendações de segurança.
"A palavra de ordem é 'Protejam-se, protejam-se'", insistiu o autarca da Reunião, Patrice Latron, durante uma conferência de imprensa na noite de quinta-feira.
Também o Presidente francês, Emmanuel Macron, que termina hoje uma visita oficial de dois dias a Portugal, apelou aos habitantes "para que sejam extremamente vigilantes e respeitem as instruções de segurança".
"O Estado está ao vosso lado e as nossas forças estão mobilizadas. Solidariedade da nação", publicou Macron, na rede social X, na noite de quinta-feira.
O aeroporto internacional da Reunião suspendeu todos os voos a partir das 10h30 (06h30 em Lisboa) de quinta-feira.
Na vizinha Maurícia, a 200 quilómetros, o aeroporto Sir Seewoosagur Ramgoolam tinha encerrado já na quarta-feira.
Em janeiro de 2024, quatro pessoas morreram durante a passagem pela ilha da Reunião do ciclone Belal.
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