Em comunicado, a União Europeia "expressa profunda preocupação" pelas "consequências da operação militar israelita contra milícias armadas nos campos de refugiados no norte da Cisjordânia".
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou há cerca de uma semana que as forças israelitas vão ocupar os principais campos de refugiados do norte da Cisjordânia, pelo menos durante este ano, para evitar o aparecimento de uma "frente oriental de terroristas" na sua fronteira.
Katz confirmou, na altura, que pelo menos 40.000 palestinianos foram forçados a abandonar as suas casas na sequência da ocupação israelita em três campos de refugiados, onde as atividades da agência das Nações Unidas para os refugiados foi suspensa.
"A UE apela a Israel que, ao abordar as suas preocupações em matéria de segurança com a Cisjordânia ocupada, cumpra com as suas obrigações em virtude do direito internacional humanitário, garantindo a proteção de todos os civis nas operações militares e permitindo o regresso seguro das pessoas deslocadas para as suas casas", indicou Bruxelas.
No comunicado, a UE denuncia ainda que a "violência dos colonos extremistas continua em toda a Cisjordânia, incluindo em Jerusalém oriental" e recorda que Israel "tem o dever de proteger os civis e exigir responsabilidades aos autores dos atos".
"As demolições, incluindo de estruturas financiadas pela UE e os seus estados-membros, devem cessar", acrescenta.
Bruxelas expressa também preocupação pelo aumento do número de postos de controlo e restrições à circulação na Cisjordânia, que agravam a situação económica e humanitária na região.
"Ao entrar no mês sagrado do Ramadão, apelamos a todas as partes para que permitam celebrações pacíficas", afirma.
A UE reitera ainda o seu compromisso com a segurança de Israel e "condena todos os ataques terroristas ou intenções de ataques terroristas contra Israel", declarando também apoio a uma "paz justa, global e duradoura baseada na solução de dois Estados, em que Israel e a Palestina vivam lado a lado em paz e segurança".
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