"À volta da mesa de Londres, estamos todos determinados a agir para uma paz sólida e duradoura na Ucrânia e para garantir a nossa segurança coletiva", afirmou Macron na rede social X (antigo Twitter), onde foi publicada uma foto com os participantes na reunião.
A cimeira informal em Lancaster House convocada pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que contou também com a presença do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deu os primeiros passos para delinear uma estratégia para os países europeus garantirem a segurança ucraniana, caso se chegue a um acordo com a Rússia para acabar com a guerra que dura desde fevereiro de 2022.
Trata-se de um plano elaborado entre Londres e Paris, que incluiria "um ou dois outros países" e aqueles que se queiram juntar, formando uma coligação de interessados, segundo Starmer, o que será posteriormente transmitido a Washington.
Foi também acordado o reforço da ajuda militar à Ucrânia e das sanções económicas contra a Rússia, com vista a eventuais negociações, bem como o aumento das capacidades defensivas da Ucrânia que possam dissuadir novas tentativas de agressão.
Estas medidas estão também ligadas à questão da arquitetura de defesa europeia e ao reforço dos investimentos em segurança, que estarão no centro de grande parte dos debates do Conselho Europeu Extraordinário da próxima quinta-feira.
Na cimeira sobre defesa europeia e sobre planos para alcançar a paz na Ucrânia, participaram, além do Presidente ucraniano, os líderes de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha, Noruega, Canadá, Finlândia, Suécia, Dinamarca, República Checa, Polónia, Roménia e Turquia.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também estiveram presentes.
Ao jornal Figaro, Macron considerou que os europeus devem aumentar as suas despesas com a defesa dos atuais 2% para cerca de 3% a 3,5% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para responder ao afastamento dos Estados Unidas da Europa.
"Nos últimos três anos, os russos têm gasto 10% do seu PIB na defesa. Por isso, temos de nos preparar para o que vem a seguir", afirmou o Presidente francês.
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