Em comunicado, a diplomacia russa detalhou que o próprio embaixador moldovo, Lilian Darius, reconheceu a sua "consternação" com a forma de agir da sua Presidente, Maia Sandu.
As autoridades russas denunciaram que estes acontecimentos representam uma violação da Convenção de Viena.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia entregou, assim, ao embaixador da Moldova uma cópia do texto da Convenção de Viena e uma nota verbal exigindo explicações de Chisinau pela decisão de Sandu de não cumprir os compromissos assumidos nas missões diplomáticas.
Oleg Ozerov é o enviado russo para liderar os esforços diplomáticos em Chisinau e reconheceu no mês passado que ainda aguardava que a Presidente Sandu aceitasse as suas credenciais, um passo necessário para que o embaixador possa iniciar o seu trabalho, depois de ter chegado ao país no início de outubro.
As relações entre a Rússia e a Moldova atravessam um período de crise devido à decisão do Presidente russo, Vladimir Putin, de invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A Moldova - que tem apenas 2,5 milhões de habitantes e uma região separatista pró-Rússia - registou altos e baixos nas suas relações com Moscovo, em numerosas ocasiões, desde a Guerra Fria.
Embora a política moldava se tenha orientado para os países ocidentais desde que a atual Presidente chegou ao poder, em 2020, a Rússia continua a manter mais de mil soldados na Transnístria e tenta manter a sua influência na área.
A região tem sido utilizada pela Rússia para exercer pressão sobre o Governo da Moldova, especialmente durante os últimos dois anos, aproveitando o facto de muitos moldovos continuarem a ver Moscovo de forma favorável.
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