Israel derruba casas na Jerusalém Oriental pela 1.ª vez durante o Ramadão

A organização não-governamental israelita Ir Amim denunciou hoje que as autoridades israelitas demoliram casas pela primeira vez durante o Ramadão na Jerusalém Oriental ocupada.

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© AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images

Lusa
05/03/2025 17:25 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A demolição, sublinhou Aviv Tatarsky, investigador da organização israelita, aconteceu apesar de Israel suspender tradicionalmente estas práticas durante o mês sagrado do Islão, "devido às suas sensibilidades religiosas".

 

"Pela primeira vez, Israel está a violar a sua prática ao efetuar demolições de casas mesmo durante o Ramadão, um mês sagrado para milhões de muçulmanos em todo o mundo", lamentou.

Só durante a primeira semana do Ramadão, Israel demoliu um edifício residencial no bairro de Beit Hanina e três apartamentos no bairro de Issawiya.

Entre as estruturas demolidas conta-se um apartamento residencial utilizado por agricultores e edifícios agrícolas, estábulos e cercas, afetando seis famílias que ficaram sem casa e com prejuízos económicos iniciais estimados em mais de dois milhões de dólares (1,86 milhões de euros).

Segundo os dados da Ir Amim, as demolições de casas na Jerusalém Oriental ocupada atingiram o número mais elevado de que há registo em 2024, deslocando mais de 180 famílias palestinianas.

Desde o início de 2025, já foram demolidas 46 estruturas e a tendência, adverte a ONG, só está a acelerar.

Tatarsky considerou que estas demolições "abrem um precedente perigoso que prejudica ainda mais os residentes da Jerusalém Oriental ocupada" que, recorda, muitos deles são obrigados a construir as suas casas sem autorização "devido às políticas de planeamento discriminatórias de Israel".

"Em vez de continuar com estas demolições impiedosas, é tempo de apresentar planos globais que permitam aos palestinianos construir legalmente", acrescentou o investigador.

A este respeito, a governo regional de Jerusalém também manifestou hoje preocupação com os planos de Israel para aprovar a construção de mais de 1.000 unidades de colonatos.

Num comunicado divulgado pela Al Jazeera, o governo regional afirmou que estes planos fazem parte de "uma política colonial sistemática que visa absorver as restantes terras palestinianas, alterar a realidade demográfica e a identidade através do projeto de judaização da 'Grande Jerusalém'".

Os colonatos construídos em terras palestinianas são considerados ilegais ao abrigo do direito internacional, mas estão cobertos pela lei israelita.

Leia Também: Reino Unido, França e Alemanha pedem a Israel que garanta ajuda a Gaza

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