O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês apelou a que "se esclareça rapidamente sobre os responsáveis por este incidente", num comunicado em que sublinhou que "a proteção do pessoal humanitário, que já pagou um preço muito elevado em Gaza, deve ser garantida em todas as circunstâncias, em conformidade com o direito humanitário internacional".
Na quarta-feira, Israel afirmou que estava a investigar as circunstâncias do incidente, depois do seu exército ter negado qualquer responsabilidade pelos ataques.
O Quai d'Orsay, sede do ministério francês, afirmou ainda a sua consternação pelo ocorrido e que está "totalmente mobilizado" para prestar assistência aos dois cidadãos franceses, elogiando "a imensa coragem dos trabalhadores humanitários, que estão a arriscar as suas vidas para vir em auxílio dos civis na Faixa de Gaza e em todo o mundo".
O Gabinete de Serviços para Projetos da ONU (Unops) anunciou anteriormente a morte de um dos seus membros, um cidadão búlgaro, num escritório da agência em Gaza, descrevendo "um engenho explosivo (...) largado ou atirado contra (o edifício)" que "explodiu no interior".
Na madrugada de quinta-feira, o exército israelita voltou a bombardear o território palestiniano, no âmbito das operações militares iniciadas na noite de segunda-feira, numa ofensiva que viola o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor a 19 de janeiro.
Após quinze meses de guerra, esta ofensiva israelita é justificada como um "último aviso" aos habitantes de Gaza, caso o movimento islamita Hamas não libertasse os reféns capturados em 07 de outubro de 2023.
Na quarta-feira, a Defesa Civil do enclave, controlada desde 2007 pelo Hamas, contabilizava pelo menos 470 mortos desde o recomeço dos bombardeamentos israelitas contra a Faixa de Gaza, tornando a terça-feira como o dia mais mortífero desde maio de 2024.
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