Washington e Seul anunciaram um acordo para implementar um escudo antimísseis no sul da Coreia do Sul até ao final de 2017, depois do aumento das ameaças da Coreia do Norte.
Condenado pela Coreia do Norte, a Rússia e a China têm também manifestado preocupação com a implementação daquele sistema de defesa na Coreia do Sul.
A China vê o projeto como uma ameaça ao seu território e uma causa para o aumento das tensões na península.
A imprensa chinesa tem advertido Seul contra um possível "efeito dominó", salientando que a Coreia do Sul será "inevitavelmente o primeiro alvo" em caso de conflito entre a China e os Estados Unidos.
As autoridades sul-coreanas responderam, exortando Pequim a aumentar os esforços para forçar a Coreia do Norte a abandonar os seus programas nucleares.
Seul recordou também que sem a ameaça da Coreia do Norte o sistema antimísseis norte-americano não terá qualquer utilização.
"Acreditamos que a China, antes de se preocupar com a nossa escolha puramente defensiva, deve tratar do assunto de uma forma mais firme com o Norte que perturba a paz e a estabilidade da península coreana e do nordeste da Ásia", referiu, em comunicado, a Presidência sul-coreana.
Pequim é o principal aliado da Coreia do Norte, que fortemente dependente das importações chinesas de alimentos e petróleo.
A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Sul e recebe 25% das exportações daquele país.