Numa conferência de imprensa em Pequim, a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, pediu aos Estados Unidos da América para que desempenhem um papel construtivo na região.
Obama defendeu no Laos, durante a cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o caráter "vinculativo" da decisão do Tribunal Permanente de Arbitragem, com sede em Haia, que concluiu, em junho passado, que não existe uma base legal para a China reclamar direitos históricos no Mar do Sul da China.
"Esperamos que os EUA desempenhem um papel positivo e justo nesta questão e que façam esforços positivos, genuínos e construtivos para a paz e estabilidade no Mar do Sul da China", disse Hua Chunying.
Hua recordou que a China não reconhece a mediação do tribunal internacional: "O Tribunal de Arbitragem não tem jurisdição sobre o caso, e por isso consideramos a sua sentença inválida e ilegal".
Hua enalteceu ainda a elaboração de um código de conduta entre Pequim e a ASEAN - que negociavam desde 2010 - para diminuir os conflitos de forma pacífica e melhorar a comunicação, visando "evitar incidentes".
"Ambas as partes tiveram o desejo de olhar em frente e esforçarem-se para devolver a questão do Mar do Sul da China ao diálogo e consulta", disse.
Pequim reivindica a soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, com base numa linha que surge nos mapas chineses desde 1940, e tem investido em grandes operações nesta zona, transformando recifes de corais em portos, pistas de aterragem e em outras infraestruturas.
Vietname, Filipinas, Malásia e Taiwan também reivindicam uma parte desta zona, o que tem alimentado intensos diferendos territoriais com a China.
JOYP // APN
Noticias Ao Minuto/Lusa