Um grupo de 15 pessoas, vestidas com roupas de camuflagem, entrou na terça-feira no terreno, propriedade do Estado, com o pretexto de criar um "'hot spot' apenas para gregos", numa referência ao nome dado aos centros de identificação de migrantes.
Os 'ocupas' de extrema-direita selaram as portas e janelas e controlavam quem se aproximava do lugar.
Devido aos protestos políticos que o incidente desencadeou, a polícia helénica decidiu montar uma vigilância permanente do local, segundo os 'media'.
O secretário nacional de Direitos Humanos do Governo, Kostis Papaioannu, identificou os 'ocupas' como membros de uma associação que apresentou que recurso junto dos tribunais -- que não foi aceite -- contra a construção da mesquita.
Num impasse há décadas sobretudo por causa da oposição da Igreja Ortodoxa, a construção da mesquita "é uma decisão do Estado e uma obrigação internacional do país", assinalou.
O parlamento grego aprovou, em agosto, uma nova emenda para resolver "os problemas técnicos e burocráticos" que impedem a construção da mesquita em Atenas, onde vivem cerca de 200.000 muçulmanos, de acordo com dados oficiais, um número que terá aumentado após o fluxo migratório de 2015.
Esta será a primeira mesquita oficial construída em Atenas desde a independência do país no século XIX (1821-1932) e o fim progressivo do domínio otomano que é hoje uma das raras capitais europeias sem este local de culto.