Os 15 membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram hoje por unanimidade uma resolução que prevê um cessar-fogo humanitário de um mês, na Síria.
"O secretário-geral congratula-se com a aprovação pelo Conselho de Segurança de uma resolução que exige a cessação das hostilidades na Síria por pelo menos 30 dias", refere o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O porta-voz enfatiza que o secretário-geral espera que a resolução, que visa facilitar a provisão de ajuda humanitária e a retirada dos feridos e doentes, "seja implementada e mantida de imediato" e assinala que a ONU está preparada para fazer a sua parte.
Guterres recordou as partes em conflito da sua "obrigação absoluta" sob o Direito Internacional Humanitário e os direitos humanos para proteger "em todos os momentos" a população civil e as suas infraestruturas.
A este respeito, advertiu que os esforços para combater o terrorismo não substituem essa obrigação.
A resolução, impulsionada pela Suécia e pelo Kuwait, "exige" a todas as partes no conflito um cessar-fogo humanitário de pelo menos 30 dias em todo o território sírio.
A trégua autoriza, no entanto, que continuem as operações militares contra grupos considerados terroristas pelas Nações Unidas, incluindo o Estado Islâmico e a Frente Nusra.
Após intensas negociações, nomeadamente com a Rússia (aliado tradicional da Síria), a votação da resolução foi realizada cerca de duas horas mais tarde do que estava inicialmente prevista. Inicialmente, a votação estava agendada para hoje às 17:00 (hora de Lisboa).
O texto adotado "exige que todas as partes cessem as hostilidades sem demora pelo menos durante 30 dias consecutivos na Síria para uma pausa humanitária duradoura".
O objetivo, segundo a resolução elaborada pelo Kuwait e pela Suécia, é "permitir a entrega regular de ajuda humanitária, serviços e a retirada de doentes e de feridos mais graves".
"Não é um acordo de paz para a Síria, o texto é puramente humanitário", disse o embaixador da Suécia junto da ONU, Olof Skoog, co-signatário do texto com o seu homólogo do Kuwait.