"Fico agradado", afirmou à Lusa António Fontaínhas Fernandes, reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, sublinhando que Manuel Heitor, "além de conhecer o sistema" científico e universitário, "manteve uma postura de diálogo".
"É um ministro de diálogo que conhece os problemas e as soluções", defendeu o presidente do CRUP, destacando que "há todo um conjunto de projetos e estratégias" que Heitor lançou "que precisam de mais uma legislatura para concretizar".
Manuel Heitor, professor catedrático do Instituto Superior Técnico, foi reconduzido como ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior no segundo Governo socialista liderado por António Costa, cujo elenco foi apresentado hoje pelo primeiro-ministro ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Heitor assumiu o cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, no primeiro Governo de Costa, em 26 de novembro de 2015.
O XXII Governo Constitucional, hoje apresentado por António Costa ao Presidente da República, vai ter como ministros de Estado Pedro Siza Vieira, Augusto Santos Silva, Mariana Vieira da Silva e Mário Centeno.
A existência de quatro ministros de Estado é uma das principais novidades face ao Governo anterior, uma opção que, fonte oficial do executivo, justifica como "um reforço do núcleo central" do executivo.
Catorze ministros mantêm-se à frente das mesmas pastas, existindo cinco novos ministros, o que, segundo fonte do executivo, representa um sinal de "estabilidade e de continuidade" em relação ao anterior elenco governamental.
O segundo executivo liderado por António Costa vai integrar 19 ministros, além do primeiro-ministro, o que o torna o maior em ministérios dos 21 Governos Constitucionais, e também o que tem mais mulheres ministras, num total de oito.
O Governo deve ser empossado pelo Presidente da República "na próxima semana", em "data a determinar", após a publicação do mapa oficial das eleições de 06 de outubro e da primeira reunião do parlamento.
O PS foi o partido mais votado nas eleições de 6 de outubro, com 36,65% dos votos e 106 deputados eleitos, seguindo o PSD, com 27,90% dos votos e 77 mandatos no parlamento, quando ainda falta apurar o resultado dos círculos da emigração.