DGS emite recomendações para eventos públicos e de massas

As pessoas infetadas com o novo coronavírus devem abster-se de participar em eventos públicos e de massas, assim como quem tenha viajado para áreas particularmente afetadas ou tenha tido contacto com doentes, recomenda a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Lusa
28/02/2020 20:35 ‧ 28/02/2020 por Lusa

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Covid- 19

A recomendação, divulgada hoje, pretende alertar as pessoas que participem ou organizem eventos deste tipo, como concertos, conferências, eventos desportivos, entre outros, para os procedimentos a adotar, tendo em conta o potencial de disseminação de doenças infecciosas.

"A Direção-Geral da Saúde informa que à data, e seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde, não existem restrições de viagens, comércio ou produtos e, portanto, a decisão de participar ou não em eventos públicos e eventos de massas pertence a cada cidadão", lê-se na recomendação.

A DGS pede uma avaliação de risco antes de se decidir organizar, alterar, adiar ou cancelar um evento de junte um grande número de pessoas ao mesmo tempo no mesmo lugar, tendo em conta as recomendações mais recentes das autoridades nacionais e internacionais, o risco de exposição à doença dos participantes e que medidas podem ser adotadas para reduzir o risco de propagação.

Entre as recomendações estão a ampla divulgação a participantes e trabalhadores desses eventos para que não compareçam se estiverem doentes ou tenham estado em contacto com doentes e a elaboração de um plano de contingência, o qual deverá garantir o encaminhamento de casos suspeitos para de Covid-19 para os serviços de saúde.

Ao nível das estruturas, a DGS recomenda que se garantam boas práticas de higiene, disponibilizando água e sabão e/ou uma solução à base de álcool, toalhetes e lenços de papel, assim como contentores de recolha de resíduos colocados em lugares estratégicos.

Para os participantes as recomendações são uma boa higienização das mãos e etiqueta respiratória, sobretudo importante para as pessoas com uma saúde fragilizada.

A DGS recorda que o uso generalizado de máscaras não tem fundamentação científica. "As máscaras não são recomendadas para a maioria das pessoas, pois há evidência limitada de que impeçam a propagação da doença. A boa etiqueta respiratória e a higienização das mãos terão um impacto maior", lê-se nas recomendações.

Devem, no entanto, ser disponibilizadas a qualquer caso suspeito que surja nesses eventos. Os doentes devem ser isolados e deve ser feito um contacto com a linha de saúde SNS24, seguir as recomendações e aguardar.

O Covid-19 foi detetado pela primeira vez em dezembro, na China, e já provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e territórios.

Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram. Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.

Dois portugueses tripulantes de um navio de cruzeiros encontram-se hospitalizados no Japão, com confirmação de infeção.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 59 casos suspeitos de infeção, mas apenas dois estavam em estudo hoje ao fim do dia.

Os restantes casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos. Segundo a DGS, o risco para a saúde pública em Portugal mantém-se "moderado a elevado".

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