No decorrer dos últimos anos, milhares de imigrantes chegaram a solo italiano, nomeadamente do norte de África.
E, apesar da pandemia que se combate à escala global, muitos são ainda os que arriscam a vida, atravessando o mar Mediterrâneo em condições quase desumanas, à procura de um futuro um pouco mais risonho.
Pietro Bartolo, eurodeputado, mas também médico de profissão, reconheceu, em declarações reproduzidas pelo diário italiano Il Giornale, que "o surto do novo coronavírus poderá traduzir-se numa soberana oportunidade para se começar a gerir corretamente o fenómeno da imigração, regularizando todos os estrangeiros que chegaram ao país, sem discriminar ninguém no acesso à assistência médica".
O responsável da saúde, procedente de Lampedusa, pediu ainda ao seu país para seguir o exemplo do primeiro-ministro português, António Costa.
"Ele fez bem em regularizar todos os imigrantes, dando a oportunidade a qualquer um de ter acesso ao Serviço Nacional de Saúde e, portanto, a possibilidade de rastrear e monitorizar os portadores de Covid-19", explica Bartolo, lamentando que Itália não siga as minhas pisadas.
"Estamos incapazes de conseguir gerir este fenómeno da imigração", apesar de "este ser o momento exato para o fazer correctamente", rematou o eurodeputado.