"Estamos a convergir para uma atividade normal. Ainda não é plena, temos a noção que esta recuperação é gradual, mas tem sido uma subida muito expressiva, mesmo em tempo de férias", referiu Jamila Madeira, durante a habitual conferência de imprensa sobre a pandemia da covid-19 em Portugal.
No início de julho, a secretária de Estado afirmou que o Governo ainda não sabia quando os centros de saúde poderiam voltar a funcionar em pleno, explicando que a retoma dependia da garantia de condições de segurança para utentes e profissionais, existindo pontos onde as dificuldades eram maiores.
Voltando hoje a ser questionada sobre o ponto do situação nos cuidados de saúde primários, a governante afirmou que os centros de saúde ainda não estão a funcionar em pleno, mas tem-se registado uma evolução positiva na retoma da atividade assistencial.
Segundo Jamila Madeira, em comparação com os meses homólogos do ano anterior, em maio, quando arrancou a retoma da atividade, registou-se uma quebra de 10,5%, com uma diminuição nos meses subsequentes.
Já em junho, a quebra em relação ao mesmo mês do ante anterior foi de 7,2% e 5,9% em julho.
"A retoma do acesso tem todos estes constrangimentos do novo normal que, naturalmente, prejudica a plenitude e a dinâmica da abertura na cadência desejada. Ainda assim, podemos dizer que há uma progressão muito positiva", sublinhou.
Segundo a secretária de Estado, para isso contribuiu também a realização de consultas não presenciais, que em julho já tinham sido mais de 8 milhões entre cuidados de saúde primários e hospitalares.
Durante a conferência de imprensa, Jamila Madeira falou também sobre o plano de contingência para o inverno, afirmando que ainda está a ser estruturado, mas que o Governo espera poder apresentá-lo nos próximos dias.
Portugal registou mais seis mortes associadas à covid-19 e 401 novos casos confirmados de infeção nas últimas 24 horas, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
De acordo com os dados da DGS, desde o início da pandemia até hoje, registaram-se 57.074 casos de infeção e 1.815 mortes.