CHULN. Procura "cresceu 70%", se continuar "não há capacidade no sistema"
Reconhecendo que o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) vive uma situação de "pico", motivada pelos doentes Covid-19, o presidente do Conselho de Administração revelou que a procura na unidade hospitalar "cresceu 70%. Se durante os próximos dias crescer mais 70/80%, não há capacidade no sistema".
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País Covid-19
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), Daniel Ferro, esclareceu, na tarde deste sábado, que a unidade hospitalar não está numa situação de caos, mas sim de "pico", o que "pode induzir congestionamentos", como aconteceu na sexta-feira.
Perante a grande pressão na urgência dedicada a doentes respiratórios e nos internamentos, o Centro Hospitalar de Lisboa Norte alargou, na sexta-feira, o plano de contingência Covid. Com efeito, Daniel Ferro, em declarações aos jornalistas, deixou hoje um apelo à sociedade, que "tem de ser a primeira a controlar este fenómeno porque não há serviços de saúde que resistam nem planos de continência que se estendam de forma ilimitada".
O Hospital de Santa Maria, "que é fim de linha, já está a tratar doentes para além da capacidade que instalou e não somos o único hospital onde isto está a acontecer", alertou.
Considerando que a capacidade do CHULN "está próxima do limite", mas tem ainda possibilidade de "adaptação", o Presidente do Conselho de Administração detalhou que, às 210 camas que o hospital detém, foram acrescentadas mais 50, "das quais 10 de intensivos, numa situação de sobre-esforço".
Este sobre-esforço é visível, como explicou, pelo facto de o Hospital ter,atualmente, cinco unidades Covid em funcionamento, três das quais novas "e que têm cerca de 70/80 profissionais".
Nas últimas duas semanas, a procura no CHULN "cresceu 70%" e, avisou Daniel Ferro, "se durante os próximos dias crescer mais 70/80%, não há capacidade no sistema. É preciso que a situação estabilize".
Daniel Ferro garantiu também que, na sexta-feira, todos os utentes do hospital ficaram atendidos, não tendo sido necessário transportar doentes para outras unidades hospitalares.
O diretor hospitalar disse igualmente que alguns recursos humanos não alocados à covid-19 estão a ser temporariamente transferidos para serviços associados à pandemia, para dar resposta aos picos.
Recorde-se que, ontem, chegaram às redes sociais imagens que davam conta de longas filas de ambulâncias no Hospital de Santa Maria. Fonte hospitalar disse, na altura, à Lusa que esse afluxo era o resultado de uma "grande pressão assistencial".
O CHULN, saliente-se, envolve o Hospital de Santa Maria e o Hospital Pulido Valente, em Lisboa.
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