"O surto está sanado e os operacionais atingidos pela infeção provocada pelo novo coronavírus já regressaram às suas atividades normais", disse à Lusa João Gouveia.
Este surto teve início na primeira quinzena de janeiro e atingiu 16 dos 27 bombeiros que prestam serviço em permanência na corporação de Mogadouro, no distrito de Bragança.
"Durante quase um mês vivemos uma situação complicada. Contudo, conseguimos através de apoios do município e de outras corporações vizinhas assegurar as missões que nos são confiadas", assegurou aquele responsável.
De acordo com João Gouveia, este surto atingiu cerca de metade dos operacionais que fazem parte de um grupo de homens e mulheres que diariamente asseguram o socorro às populações em missões e transporte de doentes urgentes e não urgentes.
João Gouveia lamentou que as entidades competentes não tivessem colocado os bombeiros na lista das prioridades da vacinação contra a covid-19.
Os bombeiros de Mogadouro têm atribuído um Posto Permanente de Emergência do Instituto Nacional de Emergência (INEM).
O dirigente referiu que durante este período em que os operacionais estiveram infetados o município de Mogadouro disponibilizou colaboradores, que são bombeiros, para assegurar o socorro em casos de incêndios ou acidentes graves, assim como no transporte de doentes.
Segundo o último boletim epidemiológico emitido no final da tarde de segunda-feira pela Unidade Local de Saúde do Nordeste, o concelho de Mogadouro tem 81 casos ativos de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.310.234 mortos no mundo, resultantes de mais de 105,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 14.158 pessoas dos 765.414 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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