Em comunicado, a Associação de Repórteres de Imagem de Portugal expressou "o seu veemente repúdio pela agressão cobarde que o seu associado, Francisco Ferreira, foi vítima quando exercia as suas funções de repórter".
A Associação exige que as forças de segurança estejam disponíveis para proteger os profissionais de comunicação social no exercício da sua atividade, tendo em consideração o risco da criminalidade associada ao futebol.
Apela igualmente à justiça "que tenha mão firme para julgar quem, de forma perversa e absolutamente censurável, atinge a integridade física de um jornalista em exercício de funções, colocando em causa princípios inalienáveis do estado de direito democrático como é o exercício do direito de informar".
Também o Sindicato dos Meios Audiovisuais repudiou, veementemente, as agressões ao jornalista da TVI, bem como a "presumível inação das forças de segurança face a tão vil acontecimento que deverá carecer de uma investigação e punidos os responsáveis".
O Sindicato dos Meios Audiovisuais lembra que o Código Penal confere proteção aos jornalistas, estipulando que as agressões praticadas contra estes profissionais, no exercício da sua atividade, ou por causa delas passam a ser consideradas crime público.
"A lei não pode, nem deve ficar no papel! Continuaremos a exigir condições de proteção das equipas de reportagem que cobrem este tipo de eventos desportivos e ser obrigatória a presença de forças de segurança e da ordem públicas para assegurar a integridade dos profissionais da comunicação social".
O Sindicato considera também que há autores físicos, mas também morais.
"Não fora os gritos do repórter de imagem e todos continuavam a olhar para o céu!", é sublinhado na nota.
Após o encontro da 29.ª jornada da I Liga, que terminou empatado 1-1, um jornalista da TVI foi agredido nas imediações do estádio do Moreirense, de acordo com imagens transmitidas pelo próprio canal de televisão.
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