"Em Portugal, como na Alemanha, indústria e inovação andam de mãos dadas"

António Costa discursou, este domingo, na inauguração da feira industrial de Hannover.

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© Valeria Mongelli/Bloomberg via Getty Images

Teresa Banha com Lusa
29/05/2022 18:28 ‧ 29/05/2022 por Teresa Banha com Lusa

Economia

Hannover

O primeiro-ministro salientou, este domingo, na inauguração da feira industrial de Hannover, os "valores partilhados" com a Alemanha.

António Costa começou por lembrar Sacadura Cabral e Gago Coutinho durante a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, que ligou Lisboa ao Rio de Janeiro, em 1922. "[Conseguiram fazê-la], acima de tudo", porque "eram inovadores" e "foram persistentes". "A história não acaba aí. Essa inovação foi depois comercializada por uma empresa alemã", afirmou, sublinhando que já há 100 anos "os laços e transferências comerciais entre os nossos países estavam presentes e com benefícios mútuos".

Lembrando ainda que o país é conhecido pelo sol, indústria têxtil, vinho do Porto, azeite ou Cristiano Ronaldo, o chefe do Governo reconheceu: "Tudo isto são boas razoes para nos conhecerem".

"Mas Portugal é muito mais do que isso, e há um novo Portugal que importa conhecerem", rematou, acrescentando que para as mais de 600 empresas alemãs que operam em Portugal isto não será uma surpresa.

No primeiro dia daquela que é a maior feira de indústria do mundo, o responsável ressalvou a "qualificação" e o 'know-how' dos jovens portugueses, e voltou a lembrar que este evento é uma oportunidade para que as empresas portuguesas se deem a conhecer. António Costa exaltou não só a indústria portuguesa dos moldes, como também a da metalurgia, mobilidade, plásticos técnicos, entre outras.

"Em Portugal, como na Alemanha, indústria e inovação andam de mãos dadas", notou, enaltecendo também o país como "o parceiro comercial certo".

"O futuro [da indústria] depende da nossa capacidade para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades da dupla transição verde e digital. A pandemia [de covid-19], primeiro, e a terrível guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia, agora, mostraram-nos que não há outra escolha a não ser acelerarmos esta dupla transição", António Costa explicou.

"Portugal acrescenta características como segurança, estabilidade e valores comuns que partilhamos com a Alemanha", de que deu exemplos a coesão social e estabilidade política. 

Ainda no aspeto económico, Costa referiu que Portugal tem "fortes perspetivas de crescimento futuro, num contexto de responsabilidade orçamental e de finanças públicas sólidas".

"E, partilhamos com a Alemanha uma visão comum para a Europa, de prosperidade partilhada, de empregos de alta qualidade onde ninguém é deixado para trás", acrescentou.

O governante falou ainda da transição verde, e, para isso, recordou alguns dados a nível europeu.

"Não ficámos surpreendidos quando a Comissão Europeia posicionou Portugal como o país da União mais bem preparado para cumprir os objetivos climáticos de 2030. As energias renováveis representam já 58% da nossa produção de eletricidade e estamos comprometidos em atingir os 80% até 2026. Somos uma referência mundial em soluções de engenharia verde", indicou.

"Como costuma dizer o SEO da Bosh em Portugal: 'Hoje não é apenas made in Portugal, é made and created em Portugal", citou Costa.

[Notícia atualizada às 19h21]

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