A onda de calor que o país atravessou há poucos dias "bateu uma série de recordes" para o mês de julho, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Decorreu entre 2 e 18 de julho e foi a mais intensa e extensa "em termos espacial e temporal a ocorrer em julho, desde 1941".
Entre os dias 7 e 14 de julho 2022 foram alcançados 98 novos recordes de temperatura máxima do ar.
Além de o país ter atingido 58 extremos mensais - 14 locais extremos mensais foram batidos por 2 vezes e em 2 locais, 3 vezes -, atingiu ainda 40 extremos absolutos: 7 locais extremos absolutos foram batidos por duas vezes e em três locais, três vezes.
Segundo o IPMA, a temperatura máxima do ar mais elevada foi registada no Pinhão com 47ºC e "constitui um novo extremo para o mês de julho".
"Santarém, Pinhão, Montalegre e Alvega registaram mais de 13 dias em onda de calor, com destaque para Santarém com 16 dias", conclui ainda o instituto.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as ondas de calor têm relação direta com o aumento do número de mortes. O fenómeno meteorológico está entre os mais perigosos desastres naturais. Entre 1998 e 2017, cerca de 165 mil pessoas morreram por causa de ondas de calor.
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