Helena Carreiras lembrou que Adriano Moreira "foi preletor, conferencista, das instituições militares -- do Instituto Universitário Militar, do Instituto da Defesa Nacional -, durante muitas décadas, dando aí um contributo inestimável e fundamental" para se "pensar Portugal, pensar a relação entre militares e civis, a forma como as questões de segurança e defesa devem ser encaradas".
Agradecendo esse legado, "em nome da Defesa Nacional", a ministra destacou a forma como "continuará a ser inspirador" para o trabalho de "análise, tão fundamental neste momento, do que pode ser" Portugal no mundo "e como olhar as questões de segurança e defesa" no "contexto tão complexo" como o que se vive atualmente.
A morte do antigo presidente do CDS, hoje, aos 100 anos, foi confirmada à Lusa por fonte do partido.
Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura (1961-1963) e deputado e presidente do CDS-PP já na democracia, mantendo sempre a ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.
Com 100 anos completados em 6 de setembro passado, foi condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões.
A ministra da Defesa Nacional presidiu hoje, em Santarém, à cerimónia militar do Dia do Exército, que decorreu no Campo Infante da Câmara, e que culminou num desfile e demonstração de capacidades da Componente Operacional do Exército.
O Dia do Exército celebra a Tomada de Lisboa, em 1147, pelas tropas de D. Afonso Henriques, Patrono do Exército.
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