Processo da Operação Marquês entregue ao Tribunal da Relação de Lisboa
Uma parte da documentação relativa à Operação Marquês foi entregue, esta quinta-feira, ao Tribunal da Relação de Lisboa, avança a SIC Notícias. Juntamente com os 186 volumes do processo foi também entregue o recurso do Ministério Público que contesta a decisão do juiz Ivo Rosa em deixar cair a esmagadora maioria dos crimes da acusação.
© Global Imagens
País José Sócrates
A documentação entregue na manhã desta quinta-feira diz respeito à parte principal do processo em que está envolvido José Sócrates, Ricardo Salgado e outras 25 pessoas. Segundo a publicação, foram entregues 186 caixotes, com cerca de 60 mil páginas - entre as quais não estarão os apensos.
Os documentos terão chegado um dia antes de ser realizado o sorteio para a escolha de um juiz desembargador e outro auxiliar, que estarão responsáveis por analisar os argumentos do procurador Rosário Teixeira, responsável pela investigação da Operação Marquês. Os milhares de documentos vão agora ser analisados durante os próximos meses.
De acordo com a SIC Notícias, também o recurso do MP que contesta a decisão do juiz Ivo Rosa em deixar cair a maioria dos crimes de acusação foi entregue. As mais de 1.700 páginas desta contestação defendem a importância de todos os arguidos envolvidos serem levados a julgamento.
A pronúncia do MP surgiu depois de o juiz Ivo Rosa, responsável pelo caso, ter decidido, em 2021, que apenas cinco dos 28 arguidos no processo iriam a julgamento. Depois de dois anos de instrução, apenas José Sócrates , Carlos Santos Silva, Armando Vara, Ricardo Salgado e João Perna, foram pronunciados como arguidos.
A Operação marquês já se arrasta há mais de oito anos, tendo tido início com a detenção do ex-primeiro-ministro socialista, José Sócrates, quando este estava no Aeroporto de Lisboa. A acusação foi deduzida pelo MP em 2017.
[Notícia atualizada às 11h42]
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