Ministra defende fecho de lar. "Segurança Social tem de ser implacável"
Estabelecimento está a ser investigado por suspeitas de maus-tratos a idosos.
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País Lar de idosos
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social defendeu esta quarta-feira o encerramento de um lar de idosos na Lourinhã, após denúncias de maus tratos, afirmando que "a Segurança Social em de ser, e é, implacável sempre que haja situações inaceitáveis da forma como as pessoas são acompanhadas e tratadas".
Em declarações aos jornalistas, Ana Mendes Godinho salientou que "quando as situações são demasiado graves, que foi a avaliação que a Segurança Social fez, justifica-se e considera-se que não havia condições para continuar".
"A Segurança Social decretou o encerramento e está a procurar soluções para cada uma das pessoas que estava neste lar. Peço alguma proteção destas pessoas", apelou ainda a governante.
A ministra vincou o papel da Segurança Social em 2022 e recordou ainda os dados apresentados na terça-feira no Parlamento, em que informou que, no ano passado, foram encerrados 117 lares em condições ilegais.
Para Ana Mendes Godinho, "a Segurança Social tem de ser, e é, implacável sempre que haja situações inaceitáveis da forma como as pessoas são acompanhadas e tratadas, separando sempre águas". "E aproveito para dizer que temos muitas situações no país de lares exemplares, em que as situações correm bem, e aproveito para valorizar o trabalho de muitas pessoas que trabalham diariamente nos lares ao serviço dos outros", ressalvou.
O caso em causa foi denunciado no domingo pela SIC, que relatou casos de maus-tratos a idosos do lar Delicado Raminho, na Lourinhã, no distrito de Lisboa. Mais tarde, em comunicado, o Instituto da Segurança Social "concluiu o processo de fiscalização ao Lar Delicado Raminho, no concelho da Lourinhã, tendo confirmado várias das situações denunciadas".
Esta manhã, a Segurança Social decretou o encerramento do estabelecimento e iniciou um processo de realojamento das pessoas que estavam no lar. Também Ana Mendes Godinho explicou que a Segurança Social "está a fazer a transferência individual de cada uma das pessoas que, podem ter soluções completamente diferentes e que são desenhadas à medida da situação de cada uma das pessoas, com as pessoas e com as famílias".
[Notícia atualizada às 16h14]
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