As declarações foram feitas pelo primeiro-ministro português, António Costa e pelo Presidente angolano, João Lourenço, em Luanda, numa conferência de imprensa em que foram questionados sobre a contribuição efetiva de Portugal na luta contra a corrupção e a recuperação de ativos que tem sido levada a cabo pela justiça angolana
"Tenho sentido da parte da justiça portuguesa grande vontade de colaborar, tem havido intercâmbio de informações e alinhamento com a estratégia de Angola no combate a corrupção e em princípio tudo aquilo que tem sido solicitado as autoridades judiciais portuguesas temos encontrando a devida correspondência", respondeu o chefe de Estado angolano.
Já Antonio Costa reiterou a boa colaboração e que as autoridades portuguesas tem procurado corresponder a todas as solicitações.
"A avaliação feita por parte de Angola é o mais relevante", sublinhou o primeiro-ministro angolano.
A justiça angolana tem recorrido por diversas vezes à colaboração das autoridades portuguesas, e de outros países, devido a processos judiciais que correm trâmites em Angola e a nível internacional, sendo os mais mediáticos os que visam Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.
Diversas participações sociais em empresas e contas bancárias da empresária angolana foram congeladas ou arrestadas, em Angola, Portugal e noutras jurisidições onde é alvo de processos judiciais.
O Estado angolano já recuperou seis mil milhões de dólares (5,5 mil milhões de euros) e apreendeu outros 21 mil milhões de dólares (19,5 mil milhões de euros) no âmbito do confisco de ativos , dos quais cerca de metade no exterior do pais.
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