"Desde 2015 até à presente data, foram registadas 3.226 denúncias no Espaço Júlia, pelo crime de Violência Doméstica", lê-se num comunicado de imprensa, no âmbito do 8.º aniversário daquela estrutura que é assinalado na segunda-feira.
O Espaço Júlia é uma Estrutura de Atendimento Policial a Vítimas de Violência Doméstica (EAPVVD), com atendimento às vítimas realizado por polícias especializados na proteção das vítimas de violência doméstica e apoiados por técnicos de apoio à vítima, que nasceu em 2015 no âmbito de um protocolo entre o Departamento de Ação Social da Freguesia de Santo António, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e a 1.ª Divisão Policial do Comando Metropolitano de Lisboa.
A PSP alerta que dentro da esfera do crime de violência doméstica podem incluir-se maus tratos físicos (pontapear, esbofetear, atirar coisas), isolamento social (restrição ou controlo do contacto com a família e amigos, proibição de acesso ao telefone ou a interdição de acesso aos cuidados de saúde), intimidação por ações, palavras ou olhares, maus tratos emocionais, verbais e psicológicos (ações ou afirmações que diminuem e afetam a autoestima da vítima), ameaças à integridade física e prejuízos financeiros.
O Espaço Júlia permite o acesso a pessoas com mobilidade reduzida, dotado de duas entradas independentes, assegurando a privacidade e segurança das vítimas e dispõe de dois gabinetes para atendimento, um gabinete técnico e um espaço dedicado às crianças, garantindo que qualquer progenitor se pode dirigir com os filhos ao local sem ter de os expor diretamente à situação.
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